segunda-feira, 6 de março de 2017

Todo mundo precisa de ajuda


Gostaria aqui de falar um pouco sobre a importância da terapia, ou psicoterapia.
Sei que muitas pessoas tem, ainda, resistência a procurar ajuda profissional, e isso está muito fundamentado em certos preconceitos e estigmas relacionados  historicamente à profissão de psicologia, especialmente  pela associação com a psiquiatria, e, portanto, com a LOUCURA.
Mas, afinal, quem pode definir o que é a loucura?
E será que a psicologia só lida com isso mesmo?

Não!

Todo mundo tem dificuldade em algum momento da vida. Todo mundo passa por um período difícil, de fragilidade. Todo mundo enfrenta algum problema. TODO MUNDO!
A questão é que ás vezes estamos mais fortalecidos (as) para enfrentar essas questões. às vezes não.
Às vezes uma sucessão de fatores vão nos enfraquecendo, e chegamos a ponto de não suportar. pensamos em entregar os pontos, desistir.
E esse momento é quando muitas patologias podem se instalar, especialmente a tão falada depressão. E nem preciso mencionar os suicídios...

Portanto, cuidar da mente, é um sinal de amor próprio. É querer cuidar de si mesmo (a). É saúde mental. É promoção da Saúde. É prevenção

Pense nisso, e não tenha vergonha de pedir ajuda!





sexta-feira, 3 de março de 2017

A Neurociência e a Educação em sala de aula

Na docência, tenho notado certo furor no estudo da neurociência aplicada à Educação, como se essa ciência que, nos últimos anos tem tido bastante desenvolvimento, fosse trazer consigo repostas e soluções aos grandes problemas enfrentados, historicamente, pela educação, sobretudo em nosso País.
O Fato é que, a neurociência não tem descoberto nada de muito novo, mas, (não menos importante) tem comprovado a partir dos avanços tecnológicos na observação do cérebro em funcionamento teorias que já vinham sendo defendidas por teóricos (as) há décadas, séculos.


Mas, é claro que cada avanço deve ser comemorado, e cada descoberta, ou comprovação nos demanda reflexão, especialmente acerca de nossas práticas como educadores e educadoras.

Me pareceu muito interessante esse estudo da faculdade de Saúde Pública da USP, não pelo ineditismo de seus resultados, afinal, qualquer pedagogo (a) não vai discordar que:


 "os estímulos ambientais ampliam as conexões entre neurônios, havendo uma relação entre as experiências de vida e o desenvolvimento do cérebro. 'A aprendizagem pode ser mais eficiente se o professor conhecer a vida da criança em casa, tendo mais contato com as famílias, por meio das reuniões de pais ou mesmo chamando os familiares, se for necessário, demonstrando interesse pelo aluno'..."

Mas, o que mais me chama atenção nesse artigo é a relação entre Educação e Promoção da saúde, que tanto defendo em minhas aulas.

Não há como separar essas duas visões e a neurociência, enquanto conhecimento que nasceu da intersecção de várias áreas (ou seja, de natureza interdisciplinar) vem a reforçar essa tese.

'o profissional de educação precisa se conscientizar do papel que tem como formador, muito mais do que apenas como transmissor de informações, e buscar compensar as possíveis falhas do seu curso de formação profissional. 'Sempre cabe um repensar e se pode melhorar a atuação a cada dia' [...] a educação determina em grande parte o bem-estar e a felicidade que a pessoa possa ter na vida. 'Não se apaga o que se faz em educação, sejam aspectos positivos ou negativos'. "
Veja a matéria completa aqui

quinta-feira, 2 de março de 2017

Laranja mecânica e o Condicionamento Clássico


Costumo ouvir/ler muitas críticas à Teoria Comportamental, ou Behaviorismo, proposta por Skinner, e posteriormente aprofundada por seguidores (as) como TCC - Terapia Comportamental Cognitiva.
Mutas das críticas estão baseadas na proposta do condicionamento clássico, descrita pelo famoso experimento de Pavlov, com o cachorro.

O filme "laranja mecânica" eternizou o experimento no imaginário popular, ao mostrar ao mesmo tempo a eficácia e o terror do tratamento baseado nessa concepção do condicionamento clássico.

Porém, gosto sempre de responder às críticas lembrando que seres humanos são muito mais complexos que cães salivando. Também, de que o condicionamento clássico de Pavlov, ficou lá, nos experimentos. Skinner partiu desse ponto para desenvolver outras teorias, (sobre condicionamento operante, tríplice contingência, etc). E, por fim, ressaltando que Skinner, ao descrever suas observações, experimentos, e defender suas teorias, sempre considerava os aspectos do ambiente (sócio-históricos, chamados por ele de contingências).
Portanto, críticas que o colocam essa teoria como o oposto do socioconstrutivismo, me parecem bastante infundadas.


Mais sobre condicionamento clássico, nesse link aqui,  que me despertou para essa reflexão.

Agradeço a audiência. 
E que venham as críticas.